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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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Entregadores cadastrados no iFood poderão receber bônus de até R$ 3.000 por ano em um programa de recompensas criado pela empresa que vai funcionar a partir de julho na cidade de São Paulo (SP).
O pacote de benefícios, anunciado nesta quarta-feira (11), inclui ainda a possibilidade de receber diariamente o valor do trabalho e de escolher a melhor rota para entregas, e faz parte de mais uma etapa da disputa dos apps por entregadores e restaurantes após o anúncio de investimento de R$ 5,6 bilhões no Brasil pela chinesa Meituan, dona do Keeta, maior aplicativo de entrega do mundo, e da volta da 99Food ao país.
Johnny Borges, diretor de impacto social do iFood, diz que as medidas surgiram do fórum organizado pela empresa para ouvir os entregadores, em modelo que funciona desde 2021.
O programa de recompensas do entregador não será para todos os cadastrados. Será direcionado ao que Borges chama de “superentregadores”, categoria que responde por cerca de 10% dos motoristas e ciclistas cadastrados na plataforma.
“É uma forma de valorizar, reconhecer e premiar aqueles que são mais engajados na plataforma. E era uma demanda dos entregadores. O que eles traziam é que colocávamos todo mundo no mesmo pote. O engajado não era valorizado.”
Para ser um superentregador e fazer parte do programa, por indicação do iFood, o profissional terá de combinar dois fatores: número de corridas e boa pontuação nessas entregas. Com isso, poderá entrar no clube e poderá ganhar até 30% mais.
A análise para incluir motoristas e ciclistas no grupo será feita com base nos últimos três meses.
Além do percentual extra e do valor anual, o programa terá vantagens como descontos para compra de celulares e manutenção da moto, carro ou bicicleta, e sorteio de prêmios como capacetes e ingressos para shows, conforme as parcerias da plataforma com outras empresas.
Na antecipação do ree, o motoboy poderá escolher receber os valores das corridas por dia e não por semana, como é feito hoje. Essa escolha será feita no próprio aplicativo, e pode ser cancelada a qualquer momento, voltando ao modelo de pagamento original.
Também em julho começará a funcionar o rota destino, um programa voltado à escolha da melhor rota de trabalho. Será possível escolher determinadas zonas de atuação, como forma de atender aos profissionais que usam o app como bico e poderão focar onde querem fazer entregas quando estão saindo ou indo ao emprego onde há fonte de renda fixa.
“Ele pode fazer isso para ir para o emprego ou voltar para uma região em que prefere trabalhar”, diz Borges.
Segundo dados do iFood, em março de 2025, a plataforma registrou 400 mil entregadores ativos, aumento de 40% em relação a 2024. São mais de 120 milhões de pedidos mensais e 400 mil lojistas parceiros.
O valor médio recebido por entregador é de R$ 12 por rota durante os finais de semana. A partir deste mês, o valor mínimo pago por entrega é de R$ 7,50 em qualquer dia, horário ou região, sem cobrança de comissões ou taxas pelo uso do app. As gorjetas dos clientes são readas integralmente.
De acordo com o Portal de Dados do iFood, o ganho bruto médio por hora trabalhada na plataforma em 2024 foi de R$ 28. “Considerando este valor, um profissional que entrega três horas por dia no iFood tem um ganho bruto superior a R$ 2.500 no mês. Esse é o perfil mais comum entre os entregadores da plataforma, aqueles que escolhem o iFood para complementar a sua renda, afirma Borges.
“Já a média de ganhos de trabalhadores mais engajados (com mais de 180 horas trabalhadas no mês) é de R$ 28,60 por hora em entregas. Um trabalhador, com esse perfil, e com uma jornada de 44 horas semanais, tem ganho bruto mensal superior a R$ 5.000”, complementa.
*CRISTIANE GERCINA/Folhapress
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